terça-feira, 14 de setembro de 2010

Amoreiras nas tramas da rede

"A rede, conexão técnica, é um reservatório sem fundo de metáforas para repensar o espaço-tempo, portanto o vínculo social, e anunciar a vida de mundos novos" - Pierre Musso.


As amoreiras próximas à Estação da Luz compõem uma rede frutífera, em meio a espacialidade e ambiente adversos e, nesse pretenso hipertexto, passam a ser elementos de uma informação, mesmo quando uma relação é estabelecida na prosa sobre um momento vivido, ao qual atribuo singularidade, inusitado fato de ter, antes de informar, saboreado o fruto nomeado amora, em meio aos ruídos, aos resíduos sólidos que observei num canteiro e nas vias públicas próximas, sendo que a amoreira é publica.


Percebo tudo isso, apesar da poiesis que permite ser agradável ao leitor, esteja ele numa biblioteca ou conectado a um computador, em ambos lugares tanto em busca da exegese, quanto intencionalmente disposto em religar, “religare” os signos do mundo que nos rodeiam, que também rodeiam as Bilbiotecas, as memórias dos usuários, percorrem numa pluralidade de sentidos, os pontos ligados por diversidade de ramificações, multiplicam significantes e significados e, numa rede com pontos, picos e nós, folhas, frutos e sementes, evidencia um novo paradigma para o raciocínio,que dirá para o sentir.


Sim, a amoreira que propiciou frutos nesse espaço urbano tão adverso a esse propiciar, percorrerá nos momentos em que esse texto percorrer as tramas de uma rede, por meio deste blog, uma estrutura composta de elementos de interação, nas interconexões também instáveis e transitórias, o que tornará possível a passagem do fruto da amoreira, ou do micro – pomar do prédio público próximo à Estação da Luz, uma mesma totalidade escondida, ou que poucos presenciaram, muito menos sentiram, uma totalidade visível a tantos olhos e percepções, numa metaligação que possibilitará tornar substância o que era intermédio entre dois lugares, numa totalidade plena, adicionando ao espaço – tempo – físico um espaço ampliado e um tempo reduzido.


Assim minha amoreira, já que ela é pública, peço licença por essa apropriação poética, percorrerá não só o território, a cidade, a nação ou o planeta e sim um planeta relacional.


Fica uma questão: a amora do fruto público é gostosa ou não?



José Luiz Adeve
Cometa

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