Núcleo de Comunicação Comunitária SM no Ar

Fórum do Movimento do Jd. Lapenna, União de Vila Nova,
Vila Nair e Sitio Mirim faz balanço das conquistas da comunidade

Moradores de uma região em constante movimento para desenvolvimento local se reuniram nesta segunda – feira, dia 13 de setembro, no Galpão de Cultura e Cidadania, para dentre outros temas de pauta, ouvir a proposta da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e Design da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul) que contempla mapeamento do território, arborização e espaços de socialização, sinalização urbana do Jd. Lapenna e orientação sobre habitabilidade.

O encontro contou com a presença do Professor Márcio da Costa Pereira (veja entrevista abaixo), dos moradores, das lideranças comunitárias e de colaboradores da Fundação Tide Setubal que já tem um histórico de parcerias com a Unicsul. “A Universidade vai fortalecer, ainda mais, o trabalho desenvolvido nessas localidades” – afirma Lucia Amadeo, Coordenadora do Programa Ação Família.

“Esse projeto é bom, mas precisa de aprovação da Prefeitura, senão eles param tudo. Eu gostei muito da proposta” – orienta a líder comunitária Dona Maria da Glória. “Freqüentemente nosso impasse são os órgãos públicos, nossas ruas precisam de árvores, sinalização, quando foi feito o Viaduto Jacu Pêssego disseram que iam sinalizar e até agora nada” - complementa Dona Glória.

Sebastião Soares – coordenador de Relações Institucionais da Fundação Tide Setubal – observou a importância de mapear as políticas públicas, bem como os projetos existentes para a região, no sentido de subsidiar a proposta de parceria da Unicsul.

Reportagem do NCC entrevista Márcio da Costa Pereira, professor de arquitetura e urbanismo da Unicsul

NCC: Qual a idéia desse projeto de urbanismo no Jardim Lapenna?

Prof Márcio: No 1ª momento, a idéia da gente é fazer o mapeamento do território, para poder conhecer o Jardim Lapenna. Ter alguns marcos referenciais e, a partir disso, a gente começar a desenvolver algumas ações. Ação de arborização para contribuir com a melhora do micro - clima da região. No segundo momento vem a sinalização para que haja um reconhecimento do território, e para que as pessoas possam conhecer melhor o que tem e como se deslocar dentro do território.

Uma outra idéia seria a de criar um balcão, que a gente chamou de atendimento aos moradores. Desenvolver uma assistência, uma assessoria, no sentindo dos moradores que querem fazer alguma melhoria na sua residência, desde aspectos estéticos até questões da habitabilidade e distribuição de compartimentos. No ponto de vista da comunicação, os alunos de designer gráfico da Unicsul, colaborariam com o jornal “A Voz do Lapenna”na editoração e no aspecto visual.

NCC: Qual a sua expectativa em relação a resposta da comunidade à essa proposta?

Prof. Márcio: Nós temos uma expectativa muito boa. Acho que já existe um trabalho da Fundação e das lideranças bastante interessante que acho super importante para a viabilidade da nossa proposta.

Avaliação do processo na reunião dos moradores

Um dos pontos altos da reunião desse 13 de setembro foi, sem dúvida, quando o Padre Ticão, presente à reunião, fez uma reflexão sobre o processo desse Fórum até agora. Movimento que vem se firmando como de suma importância para as localidades envolvidas. Os participantes propuseram a criação de um Boletim com informações e acompanhamento das reivindicações, além de divulgar as conquistas.

.................................................................................................... Padre Ticão fala com reportagem do NCC

Na reunião foi decidido que a próxima edição do jornal “A Voz do Lapenna”, novembro de 2010, terá como objeto de pauta as conquistas dos movimentos dos moradores de São Miguel e região, como também na edição de setembro será publicada uma linha do tempo com o histórico do movimento e seus resultados, dentre outros o Curso Pré – Vestibular da USP para os jovens de escolas públicas, reforma do Mercado Municipal, Ciclovia, liberação do terreno da Rua Pascoal Zimbardi para construção da Creche e cursos da Escola Paula Sousa.

Importante ressaltar uma provocação feita pelo Padre Ticão: a comunidade iniciar uma discussão e pressão em relação às obras para a Copa do Mundo, no que diz respeito a infra – estrutura social, para evitar que pessoas que trabalharão no processo de construção dos estádios, por exemplo, depois do evento não fique à mercê da sorte na Zona Leste em ocupações irregulares, por exemplo, “com um legado difícil de reverter, caso não haja um plano coerente com o que de melhor pode acontecer em função desse grande acontecimento”- finaliza Padre Ticão.

A próxima reunião do Fórum acontece no dia 04 de outubro na ONG Procedu.

NCC São Miguel no Ar