domingo, 25 de setembro de 2011


A geografia lamenta e a floresta chora

Islair Rosa Catanheira
Educador EJA - Belém – PA

Já passei muitos apuros
desde o norte até o sul ,
exploração eu desconjuro
do seringueiro ao artesão.



Passando pela metalurgia,
peão de obra e construção,
sei que a ciência geografia
ajuda a entender esse mundão.

Equilíbrio, ecológico, poluição e erosão,
estudei a tal ciência e os equinócios no sertão,
via láctea onde estamos, planeta, terra e nação,
movimentos e conseqüências, translação e rotação.

Com a sabedoria de outrora
mais a ciência meu irmão,
sei calcular o tempo e a hora,
plantar na melhor posição,

quantidade e intensidade,
luz solar bate no chão,
calculo os fusos com facilidade
resolvo a mais difícil equação,

só não entendi uma coisa
foi uma tal de aprovação,
de um código da floresta
meteram os pés pelas mãos.

No caso de nossa terra
tem manganês e até plantas medicinais,
além de essências para química fina,
e tantas outras riquezas e potenciais.

Parece que o parlamento
ao redigir e aprovar o código florestal,
queria receber o nosso lamento,
a tirar o bem do texto e inserir todo mal,
esse mau desenvolvimento, modelo que desconsidera
a vida futura e o presente desse chão.

Na Câmara dos Deputados tentaram ainda interceder,
mas interesses escusos foram considerados
e o senado fez o desatino vencer.

Desatino parecido com toda luta amazônica,
cruelmente sonorizada por motos – serra sem perdão,
além do sofrimento do serrado na descriteriosa plantação,
considera-se o lucro imediato em detrimento da razão,
pois além do afetivo é cientifica a constatação,
que hoje impera o que é insutentável
na lida com as florestas e também na urbanização.

Seja campo, mata e cidade
isso aprendi na geografia social,
para se ter prosperidade
é necessário um Código Florestal
diferente do aprovado, mutilado e reduzido
a um tratado de interesses da economia de mercado,
faltou pensar e considerar no que é sustentável e essencial.

Autoria da imagem: José Pedro Costa

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