sábado, 30 de junho de 2012
Corpo e metacorpo
( a partir da leitura do texto de Mario Perniola – Professor de Estética
da Faculdade de Letras e Filosofia de Roma – publicado no Livro “Pós –
Humanismo” – organizado por Massimo Di Felice
e Mario Pireddu)
Sinal da
alma,
fisiognomia,
guia, mélea,
melodia,
canção,
Psuché,
suspiro vital,
movimento –
thumós,
corpo e poesia
membros
articulados
- corpos e almas,
palavras que
faltaram a Homero,
carne disiecta,
sárx, caro,
pertence semanticamente
ao campo de
keiró.
Insatisfação
com o corpo,
Enquanto concretização
vivente,
intui-se um
quarto corpo inorgânico,
coisal – antítese
aos que poetas cantaram,
um
contracorpo,
uma
coisa – metafísica da ação
comprimento,
largura e profundidade ,
Res –
cogitans
uma coisa
que sente,
soff,
estofo, étoffe, stuffe,
corpo de
estofo e seda sedativa
ifafilia
erótica, corpos de tecidos inorgânicos,
distúrbio e
alucinações, corpo privado de afetividade,
a linguagem
depende do sujeito – corpo como continuação da veste,
corpo e sua relevância
à economia,
desejos
alterados pelas instabilidades financeiras,
corpos e
suas interconexões culturais,
corpo - moeda,
corpo –
troca,
abstração
pela moeda,
capital
financeiro,
símile bem
mais ao espírito,
à vida e não
à matéria inerte,
Metacorpo submetido e similarizado
à economia
política.
corpo –
mercadoria
corpo dinheiro,
moeda vivente,
pagamento em
corpos
para os bens
consumíveis,
mulheres - dinheiro,
homens - dinheiro,
estrelas dos
espetáculos,
prisioneiros
dos hábitos e da ausência.
Por favor,
metacorpos,
se caírem do
alto,
ponham
instintivamente
as mãos à
frente para salvar a cabeça
e quiçá o
simbólico coração.
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1 Comentário:
Super bacana a provocação. Aliás, remete a um dos temas tratados na última bienal "Em nome dos artistas"; relações entre arte, artista e corpo.
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