segunda-feira, 20 de setembro de 2010


Sr. Antonio e suas histórias
de Jandaia do Sul


O lobisomem e a assombração



Lá em Jandaia do Sul eu via muito lobisomem. Cara a cara lobisomem é um homem. Eu conhecia esse homem. Ele morava uns cinco quilômetros, distante da casa onde a gente morava. Ai uma noite, ao escurecer, ele se transformou e saiu. Ele saia sempre na semana santa, e na quaresma, toda noite. Certa vez ele estava andando numa rua, lá de baixo da minha casa, lá em baixo tinha uma laranjeira, as galinhas que a gente criava subiram em cima das árvores e todas as galinhas fizeram coco. O lobisomem comeu tudinho e, eu sentado na área, vi o lobisomem andando nos pés de laranja. Ele não pegava a gente, porque nós não deixávamos, se deixasse ele pegava. Tinha uma senhora lá, que ela tinha um bebezinho e uma noite ela saiu para ir atrás do marido dela, no boteco. Quando ela voltou o lobisomem a atacou. Ela correu, só deu tempo dela chegar em casa, mas o lobisomem ainda pegou na fralda da criança, rasgou um pouco da roupa da criança.



Outra vez eu e outros colegas estávamos na cidade de Jandaia do Sul, então nós entramos dentro do cemitério. Ele, o lobisomem, pulou o muro e entrou do cemitério, estava procurando uma sepultura, ai nós pegamos uma máquina fotográfica e o fotografamos. Ele estava até com um osso de defunto na boca. Essa foto eu tinha ela comigo, só que um dia um estudante pediu para levar para a escola para mostrar aos colegas de classe. O garoto sumiu com essa foto, até hoje eu lamento ter perdido essa foto


Ocasião, eu cheguei a ver em Jandaia do Sul um disco voador, é redondo, bonito, luminoso e tem uma pecinha giratória. Desse ai tenho a foto, só preciso encontrar. Esse disco voador sempre aparecia lá, ele pousava, mas quando o pessoal ia ver de perto, ele saía, voava para longe.


Ah, vocês não estão com medo, não? Quantas vezes eu vi assombração, sabe eu não tinha medo, porque estava sempre com uma turma de amigos. Claro que se eu estivesse só, eu teria muito medo. Uma vez eu cheguei até desviar do meu caminho. Vinha na estrada, num lugar em que um cara tinha sido assassinado pelo cunhado, de repente caiu uma tremenda de uma árvore, beirando a estrada, fiquei assustado, fomos embora. No outro dia a gente voltou lá e não tinha árvore nenhuma, nem caída e nem em pé. Era visão, assombração, aquele lugar era mal assombrado



Antônio Lemo Brasileiro


Morador do Jd. Lapenna

1 Comentário:

Conectado disse...

Sinceramente, eu gostei do conto e muito bom

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