Tríade sábia
O educador, o livro e as novas tecnologias
Sim, este texto ou conversa – texto poderia ser difundido e apresentado a partir de uma intencionalidade interativa, utilizando a linguagem literária e, para tanto, poderia ser comunicado por email com as características de redação bem objetivas desse correio eletrônico, ou com a brevidade de um twitter em conta – gotas com seus “tags”, sem perder o sentido provocador, até mesmo se tornar quem sabe, um “disparador”, provocador num Chat e, se quiséssemos que esse conteúdo ganhasse abrangência e até notoriedade, inseriríamos num blog.
Agora, para que esse texto pudesse ter uma importância institucional, poderíamos editá-lo num site da escola, de órgãos públicos, de um coletivo que pensa educação, disponibilizá-lo no Google, enviar mensagens pelo Yahoo para tantos outros educadores, até o ponto que esse texto ou conversa – texto teria mil, milhares, milhões de vozes e, dependendo do ideal gramático, semântico e político, esse texto teria vida longa, talvez se tornasse imortalizado pela riqueza de diversidade de olhares e tantos saberes, numa constante produção de conhecimento coletiva, e, creiam: esse texto ou mensagem, ou tantos outros nomes que poderíamos dar a ele, nasceu da idéia de refletir um pouco sobre as tecnologias de comunicação e informação em nossas vidas de educadores e cidadãos do mundo, diante dos desafios da contemporaneidade.
Assim, escolhida a forma, ou melhor, uma não - forma, além do nome para essa mensagem, que não é somente uma conversa com o leitor, é também um diálogo com internautas, expectadores e, por existir identificação entre quem a escreve e quem a lê, certamente e naturalmente é suscetível às intervenções que o enriquecem e o qualificam... (reticências – o espaço abaixo é para você interferir com seu saber e experiência nessa ação de educação com comunicação).
Claro que o espaço acima preenchido não está somente na tela desse computador, sendo que podemos aumentar esse espaço para as idéias e intervenções, adições, comentários, experiências simbólicas, e até mesmo contestações. Ele está também numa rede movimentada pela gente, no blog do Mundo Jovem, por exemplo, e assim é canalizado para a educação. E esse espaço, como tantos outros, estabelece conexões cidadãs, remete-nos a manifestar e disseminar nossas experiências, pois produzimos tantos saberes e, com certeza, precisamos também, enquanto educadores, praticar uma mediação tecnológica nas escolas e em outros espaços educativos, pois nos deparamos com as demandas de novos tempos – espaços, nos quais o predomínio da técnica, na conversão do real em virtual, e da informação, através dos meios de comunicação, significam também a concretização dos desejos e aspirações humanas traduzida por sistemas digitais por meio de programas, a produzir uma dinâmica, muitas vezes, de não contar a história da experiência simbólica. Porém, aliviados, já sabemos que informação não é conhecimento, assim o livro e o educador têm papel essencial e fundamental na mediação educativa e informacional.
Sim, leitores – autores, autores – leitores, expectadores, internautas e cidadãos, essas tecnologias da Era da Informação são suscetíveis à confusão entre educação e ensino. A primeira é um processo que promove a formação ampla dos indivíduos, e a segunda é um veículo para aumentar a chance de transmissão de conhecimento e de construção de novos saberes, sempre num constante processo de revisão.
Ah, claro, nesses tempos globalizados, em que muitas vezes o capital sedimenta como mercadoria o conhecimento, misturando-o com que é informação, surge o risco da comercialização dos pacotes educacionais, tratados como mercadoria “transfronteiriça”. Diante dessa ameaça, é fundamental que nos apoderemos dos novos recursos de forma criativa, para construir um diálogo mais próximo do dia a dia da comunidade educativa, propiciando tantos espaços possíveis, infinitos, em nossas vidas, que não se resumem a objetos e processos, mas se fazem como rede, conectando lugares antes distantes, para você, vocês, educandos, crianças, adolescentes, jovens, adultos, mães, pais, leitores, expectadores, internautas, numa eterna produção de conhecimento.
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