quinta-feira, 21 de abril de 2011


Educação + comunicação / economia
Emancipar e educar




Anibal Godinho


Educador de Escola Pública


Peri – Mirim - Maranhão







Apesar de que a hierarquização do conhecimento é recorrente no Brasil e, as avaliações conceituais, inúmeras vezes, não estejam sintonizadas com o conhecimento prático e sim especulativo, herança do iluminismo, os movimentos educativos que têm em sua essência a construção coletiva de maneiras e métodos voltados ao desenvolvimento de uma consciência política multiplicam-se, levando a certeza de que merecem ser estudados pelos analistas da educação, porém pouquíssimos são os plantonistas para essa finalidade.






Pululam em cantos, recantos, regatos, rincões, aldeias, “quebradas” e “pedaços”, formas de educar para transformar a sociedade e a concepção de desenvolvimento. Porém essas iniciativas são muito pouco visitadas intelectual e ideologicamente pelos partícipes ativos, dos movimentos pela educação, sem falar das universidades.






A comunicação, condição sinequanon para difusão dos conhecimentos produzidos, ainda não conseguiu escapar da semiose propiciada pelas linguagens impostas histórica – hegemonicamente, e insiste em indumentarizar com códigos, estéticas e estratégias nivelando o conteúdo à uma correlação estritamente uniforme, como se todos tivessem a necessidade de entender tudo ao mesmo tempo, por meio dos mesmos instrumentos, apontando os mesmos objetos.






Nesse sentido, a insistência em encontrar efeitos conceituais antes do processo emancipatório para criar, conceber e experimentar fragmenta ainda mais o conhecimento, desconsiderando diferenças, diversidade de compreensão individual e coletiva em relação ao mundo.






Dessa forma se estabelece mais um muro, em meio a tantos outros, desde a imposição dos códigos de linguagem, cerceando e condicionando atitudes ao que se deve pensar, em função de uma lógica definida em ambientes distantes física e ideologicamente, de onde se desenvolve o conhecimento prático e as descobertas coletivamente.






Distanciar a essencialidade e o processo da descoberta, da conceituação, evidencia uma dinâmica imperativa, a qual encontrar um sentido objetivo, na maioria das vezes, numa hiper velocidade didática – comunicacional, provoca o detrimento do processo educativo com seus espaços – tempos de ação – reflexão, reflexão – ação. Esse distanciamento desconsidera a subjetividade e a espontaneidade dos coletivos que se propõem a estabelecer um tear de sentidos, religando saberes na construção de uma nova ordem econômica.






Nessa nova ordem proposta o empreendedorismo não ensaiado, a consciência política não é partidarizada e o conhecimento, sim o conhecimento precisa ser sustentável, rompendo barreiras geracionais de uma economia de mercado, de uma sociedade que ainda não reconhece como deveria a importância do desenvolvimento local, pois isso ainda compromete a semiose criada pela manutenção de atitudes insustentáveis, a gerar lucros e dividendos no aqui e agora, mas e o futuro?


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