Fundação Tide Setubal - História de pensar e fazer junto
Para nós poder fazer parte dessa história de 5 anos é um aprendizado de valor inestimável
Toda a compreensão coletiva é construída com processos analíticos e empíricos. Cabe a quem está integrado a uma idéia e conseqüentemente uma missão, tecer pensamentos e ações que confirmam a intenção de transformar a sociedade.
Articular idéias diversas. Caso seja preciso, como ocorre nesse mundo contemporâneo, buscar um padrão civilizatório que considere a possibilidade de mudanças comportamentais, para um melhor viver junto, falando como ser senciente.
No último dia 29 de abril, participamos e presenciamos um momento de celebração e aprendizado. Numa manhã em que o sol rompeu as nuvens e nos presenteou com um céu azul, num planalto no qual uma cidade e toda uma população precisam de idéias e realizações, para contra – balancear os impactos desagregadores de uma dinâmica social anômala, num auditório da diversidade, percebemos, ainda mais, que fazemos parte de um tear vivo. Isso nos emociona, motiva e fortalece nossos desejos de viver a certeza de que um outro mundo é possível.
Trabalho, muito trabalho. Manhãs compostas de esporte e cidadania, festas simbólicas dessa culturalidade latente-viva também alimentam possibilidades de uma economia criativa. Adolescentes desse nosso mundo jovem em constante aprendizado, para ensinar a esse mesmo mundo, “vasto mundo”, diria o poeta, a partir também dessas paragens de São Miguel Paulista.
Escolas em que professores e alunos estabelecem e movimentam redes de alteridades e produção de conhecimento. Mulheres e famílias que aprendem, ensinam e empreendem. Acordes vindos de rabecas e violões musicalizam o desenvolvimento humano.
Reconhecer o território, colher memórias e potencializar as iniciativas políticas. Comunicar e se conectar, utilizando o espaço público, aproximando o poder público das pessoas da localidade.
Sim, apesar de, a cada dia, surgirem novos desafios da contemporaneidade, a certeza mais certa é de que estamos mais sábios e fortalecidos, pelas respostas e atitudes dessa gente igualmente sábia, que convive com a escassez, mas descobre, pouco a pouco, a potencialidade que tem para transformar suas vidas, a partir da mobilização comunitária e constante aprendizado.
Tudo é e tem que ser tecido substancialmente em parceria, apesar da tendência humana de determinar níveis de importância, muitas vezes não conhecendo com profundidade competências e natureza intrínseca do trabalho. Mas aos poucos, descobrimos a importância de um trabalho horizontalizado, o qual desde a “ponta”, “extremo”, na terra, chão das “manchas urbanas” prima pelo diálogo, pelo pensar e fazer junto, considerando sempre que “a pior forma de fazer política, é não fazer política”.
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