Recado de uma Poranguense
Margarida Lemos
Tem coisas que só mulher dá jeito,
está provado pelos fatos da história,
passando até pelo estado de direito,
só não vê quem não tem memória.
Veja o caso da premiação do Nobel da Paz,
foi para uma iemenita e mais duas liberianas,
não foi para homem e nem tão pouco rapaz,
valeu a luta de uma árabe e duas africanas.
Por aqui em outro continente veja a confusão,
eu nasci foi em Poranga entre Piauí e Ceará,
este último cedeu Freguesia de Amarração,
para ficar com a região de Príncipe “Imperiá”,
mas um engenheiro em 1818 fez outro mapa
causando uma verdadeira geografia da indefinição,
fez com que os dois estados quase saem no tapa,
por uma faixa de terra o que castiga a população.
Pois esse litígio da época do primeiro e segundo Imperador,
fez com que nenhum dos estados invista na região,
virou terra sem lei, sem água, polícia, estradas e educador,
nós vivemos aperreados pela total desconsideração.
Se a maioria dos políticos é do sexo masculino,
e o impasse continua prejudicando a população,
melhor seria ter mais representação feminina
até para resolver outros problemas da nação.
Iemenita, liberianas, cearenses e piauienses,
mulheres de tantos continentes e do meu sertão,
gente de Buriti e conterrâneas poranguenses,
podemos mostrar que é possível a transformação,
atenção gente da minha terra fique de olho aberto
e na próxima eleição, seja qual for o lugar, Piauí ou no Ceará,
considere esse gênero que está sempre por perto
esse feminino que deseja o seu espaço para assim poder mostrar,
toda a sua potência e inteligência nessa história de legislar e governar.
Meu nome é Margarida Lemos, sou professora da Rede Estadual do Ceará.
nasci foi em Poranga e estive recentemente em São Paulo para visitar uns parentes
lá na Vila Curuçá, e espero contribuir com esse Ponto de Histórias de gentes
que vivem tantas experiências nesse mundão que é o nosso pais.
domingo, 16 de outubro de 2011
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