sexta-feira, 14 de outubro de 2011


Primeira audiência pública de Saúde de São Miguel Paulista e região



A Comissão de Saúde, Promoção Social, Trabalho e Mulher, presidida pela vereadora Juliana Cardoso (PT), veio à região conversar com a população após o Movimento Popular de Saúde de São Miguel (MPS) apresentar um documento com reivindicações, como qualidade e humanização no atendimento, ampliação e complemento das equipes, consultas a serem realizadas em prazos menores, estrutura e infra-estrutura, especialidades, entre uma série de itens que são necessários à região.

Segundo Célia Aparecida Assumpção, do MPS, os participantes do Movimento começaram a conversar sobre as mortes que estavam acontecendo na região e foram buscar o porquê estavam acontecendo. Então decidiram chamar a Câmara para ouvir a comunidade e mostrar as preocupações referentes à saúde.

A audiência iniciou com a apresentação da mesa que reunia, além da presidente da comissão, os vereadores Milton Ferreira (PPS), Noemi Nonato (PSB) e Zelão (PT), o deputado estadual Simão Pedro, a Supervisora técnica de Saúde Leste Eliane Katy, e os representantes Célia Aparecida Assumpção, do Movimento de Saúde de São Miguel Paulista, Irene Batista, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Autarquias do Município de São Paulo (Sindsep), e o presidente do Serviço Social da Construção Civil do Estado de São Paulo, Antônio Carlos Salgueiro de Araújo.

Após Marco Germano, integrante do MPS, ler o documento entregue pelo Movimento (colocar link do documento), a presidente da Comissão, Juliana, iniciou a segunda parte, onde o público, 16 pessoas que se inscreveram durante a primeira parte, expuseram suas reivindicações. As mais recorrentes nas falas foram:

  • Atendimento qualificado e humanizado. Muitos foram mandados de volta para casa sem atendimento, mesmo em estado de emergência, receberam tratamentos inadequados de funcionários, muitas vezes começando o tratamento na entrada pelos seguranças;

  • Local apropriado para esperar atendimento. Usuários aguardam atendimento nos corredores;

  • Menor tempo na espera de atendimento;

  • Menor tempo entre marcar e passar na consulta;

  • Fiscalização das parcerias como Hospital São Paulo e Santa Marcelina. Para os usuários, não oferecem resultados;

  • Especialidades médicas na região, principalmente psiquiátricas. Pessoas com problemas psiquiátricos acabam ficando agressivas por falta de medicamento e têm seu estado agravado por falta de tratamento.

  • Falta de material em postos de saúde e AMAs;

  • Pessoas estão morrendo por conta dos itens acima e de outros problemas que constam no documento;

  • Deixaram claro que a terceirização não é aprovada pela população, esta não será a solução que esperam.


Muitos apontaram que a Cidade de São Paulo deve melhorar a saúde para ficar de acordo com sua imagem de referência e centro de atendimento do estado de São Paulo e do Brasil, visto que muitos pacientes vêm do interior ou de outros estados para procurar atendimento médico especializado.

Rose, Rosângela da Silva, que fez sua reivindicação, falou da importância de ter a comissão na região para haver maior participação da população, que muitas vezes não pode ir até a Câmara.

Questionada sobre a audiência dar resultados, Rose acrescentou: “Eu acredito nisso, por que são pessoas que estão acima da população, tem um via mais rápida para levar os anseios do povo. A partir do momento que eles vêm para as regiões, eles vão ter muito mais o que fazer, o que ajudar, do que ficar na Câmara Municipal.”

Depois do público, os representantes sentados à mesa complementaram ou responderam as reivindicações.

“Não conseguimos resolver tudo, mas articulamos os problemas. Visto que nós não somos executivos, não executamos ações.” Falou Juliana durante a sua conclusão.

Eliane disse que há tentativa de melhoras, e que estão trabalhando para isso. Além de verificar as reivindicações de falta de material e mau atendimento.

Após as conclusões foi encerrada a audiência.

Juliana esclareceu que “a comunidade tem, sim, feito reclamações, mas não em uma unidade tão ampliada como foi agora. Por que hoje todos os setores estão aqui: tem setor comercial, social, político, entre outros. Eu achei muito bonito essa ação da comunidade, porque nesse momento se uniram todos em um só objetivo.”

Marco Germano, participante do Movimento acrescentou “essas críticas que agente faz não é contra ninguém, na verdade, é contra o modelo de gestão e aplicabilidade da verba, das situações para a saúde. Nós queremos algo melhor independente de quem é o gestor, desde que seja o poder público.”

A audiência aconteceu no Anfiteatro Teotônio Vilela da SubPrefeitura de São Miguel Paulista, dia 05 de outubro, das 09h às 12h. Agora, aguarda-se a posição das autoridades diante das reivindicações.



Daniela Santana



Clique aqui para acessar o diagnóstico da saúde em São Miguel Paulista lido na reunião.



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