Compreensão de que o habitar é mais que um residir
e um estar, remonta a relacionar-se, a comunicar
(A partir de experiências do NCC e estudo da equipe da obra de Massimo Di Felice – “Paisagens Pós – Urbanas)
Diálogo do habitar com as ações comunicativas,
pertencimento ao viver sobre a terra e sob o céu.
Deslocam-se seres humanos pelo território,
trazem consigo histórias de suas infâncias,
revelam seus olhares e seus desejos,
em meio às necessidade de bem viver.
O sol aqueceu o corpo e iluminou assim animicamente,
no meio dia, tanta gente na feira livre... mais tarde
chegou a noite e uma lua cheia – cheia – cheia
iluminou as crianças e as estrelas reconhecidas
na história projetada, de dentro para fora
de fora para dentro na rua – galpão
e num galpão para a rua – lua.
Lembrei da tarde na casa,
a roda a rodar impressões,
expressões da leitura
de quem vive
a alma
lugar,
lugar
alma
a buscar conhecimentos,
por vezes conceitos,
mas vale a pena
opinar e expor
o objeto – luta,
objeto - lida
e perceber
o que diz
o filósofo
educador,
“muitas vezes é necessário
se perder para encontrar-se”, (Nietzche)
na quase certeza de que o mote,
o modo, a maneira de melhor viver junto,
não está identificado com a receita ocidental,
conceitualmente embasada como algo de significantes
vazios e na suspeita de si,
numa fragilidade a qual
supostamente revela
a nossa necessidade
de ressignificar
experiências
sociais
que
nos
l
e
v
a
r
a
m
ao labirinto das indefinições de nosso habitar
que nos remete à etimologia da palavra urbano:
alça
do
a
r
a
d
o
para o traçado do sulco onde seria construída a cidade
orbs
p
e
r
í
metro
traçado
no solo
numa cidadania
entre muros e que
num agora aqui nesse
espaço literogeográfico,
a construir uma conversa,
a buscar uma forma.........
de habitar ........................
CONSTRUÍMOS UMA HISTÓRIA
CONSTITUÍMOS UMA HISTÓRIA
porque habitamos além do entre muros,
somos enquanto somos habitantes,
e levamos o reconhecimento
da linguagem como o lugar
em que a história,
as histórias,
enredos,
autenti
ca
mente acontecem.
Mais do que a relação
causa e efeito na cidade,
tecemos a história das palavras,
onde as coisas se tornam ser e
contemporaneamente
interações tecnológicas
e informativas permitem,
quando bem vividas também
por aqueles que necessariamente
buscam uma outra forma de vida
na urbe para superar os adversidades,
pensar a localidade mais do que descrição,
mas falada e traduzida em linguagens diversas
fortalecendo as relações
afetivas e estimulando
o caráter emancipatório
de uma comunidade de sentidos
numa ambiência perceptiva
de compreensão de que o habitar
é mais que um residir e um estar,
remonta a relacionar –se, a um comunicar.
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