domingo, 29 de julho de 2012


Elogio a entropia, além do dualismo cartesiano

Numa sociedade em rede, numa comunidade viva, não pode haver rankings de melhores ou piores, o que deve existir é criação coletiva, aprendizagem colaborativa e produção de conhecimento compartilhada. Até mesmo o conceito de autoria é questionável, porém da persistência denotativa de atribuir a um o que é de muitos, motivada por interesses individuais, num contexto reticular, o próprio interesse do aprimoramento da comunidade possibilita o aprimoramento individual, porém não há espaços para deuses nessa rede, pois quem dita a ordem social somos todos nós.
Vivemos, como no conceito de Bateson*, num conjunto do vivente – sociedade humana, organismos – sistemas biológicos – interagindo hoje também em um complexo circuito cibernético. Passamos a era da centralidade e domínio da espécie humana e da necessidade de hierarquizar conhecimentos e mais, estamos além do dualismo cartesiano que separava corpo e mente e, parafraseando Bateson*, as interações e as transformações da contemporaneidade impedem a concepção de um controle único e unilateral de um só de seus elementos sobre o todo.
Medir a entropia, a desorganização de um sistema é, na contemporaneidade, para um observador, se constituir como elemento interagente do sistema, é ser parte dele e com ele relacionar-se e estar na transformação, não podendo haver unilateralidade, pois o comportamento do observador é determinado pelo comportamento de outras partes do todo (do sistema). 
Efeitos da área que habitamos,
Biocenose** que antecipa ecossistema,
Comunidade viva – cotidiana vida
e um conjunto plural de signos, 
ressignificações de seres vivos
e de seres inorgânicos
animados,  
inanimados.

Estudar as trocas de energias da natureza,
Produtores primários, os consumidores,
os decompositores e o ambiente geral.

Vi a manhã acordada pelos pássaros
em meio ao céu e as nuvens em movimento,
o piano na estação e o homem tresloucado no saguão,
pede um vale transporte, desloucamento pela urbe
e as estrelas insistentes em meio ao amanhecer
são notadas e conotadas nesse momento do agir,
e a certeza de que os potencias da emancipação
não estão nos consensos, mas na discussão livre
e igualitária, como aquela roda com a juventude
a descobrir que a causa age sobre o efeito,
como também o efeito age sobre a causa,
e assim sucessivamente secar e molhar,
gotear e serenar, numa garoa que começa
às vezes na Estação da Luz, se estende até o Brás,
percorre uma rede até São Miguel Paulista,
serpenteando o rio, suas lagoas e córregos,
gentes - histórias, fluxo, vida vivida
numa dinâmica de aprender e ensinar
    
* Gregory Bateson – Biólogo e antropólogo

**biocenose ((francês biocénose) s. f.
[Biologia]  Associação equilibrada de animais e de vegetais num mesmo biótopo.
Biocenose, biota ou comunidade biológica é a associação de comunidades que habitam um biótopo[: O termo "biocenose" (do grego bios, vida, e koinos, comum, público) foi criado pelo zoólogo alemão Karl August Möbius, em 1877, para ressaltar a relação de vida em comum dos seres que habitam determinada região. A biocenose de uma floresta, por exemplo, compõe-se de populações de arbustos, árvores, pássaros, formigas, microrganismos etc., que convivem e se inter-relacionam.



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