segunda-feira, 29 de abril de 2013



Educar na cidade. Somos cada um, tão somente,
donos da metade, de um terço, um quarto, um quinto...

Na vida para que o círculo da infância possa ser conservado, não basta que seja meramente recordado. O primeiro círculo de nossa existência tem que ser transmutado poeticamente, num movimento que é tanto de conservação quanto de renovação. Para isso é necessário que esse círculo inicial se torne aberto, em espiral, num tipo de via que o leve para além de si mesmo, para depois trazê-lo de volta ao local de partida.
Considerando que temos outros círculos, o da adolescência e o do universo relacional, por exemplo, este último onde estão presentes as amizades, o tempo de formação não é um tempo linear e cumulativo, tão pouco é um movimento pendular de ida e volta, de saída do estranho e de posterior retorno ao mesmo.
O tempo de formação é um movimento que conduz a confluência de um ponto de sucessão de círculos, que pode ser mágico, poético, pedagógico ou tudo isso. Bem, quando o último circulo confluir, significa que encontramos um caminho para compreensão do que julgávamos inverossímel por não saber lidar com as necessidades de reconstruir fragmentos ou de um pensar e agir integrado e sistêmico.
O essencial para a vida da educação é que encontremos um ponto mágico de convergência e, quando esse ponto tiver sido magnetizado pela imagem poética dos espaços / tempos / seres, nossa narrativa coletiva se inicia e o caminho se desenha para trilhar, decidir e realizar.
Assim, em todo processo humano de construção de saberes coletivos, na concretude da realização de nossas vidas voltadas á uma educação ecossistêmica em que os espaços urbanos sejam ocupados e se revelem como espaços de aprender, o essencial é encontrar esse ponto magnético, o que talvez só a poesia possa permitir aos mortais, ou quem sabe uma outra pedagogia, numa reconsideração etimológica e simbólica do agoge (condução) e paidós (criança), em função de que as práticas educativas tornaram-se fatos sociais, ambientais e indissociáveis do processo de construção de formas animadas de aprender e ensinar.
Temos que ter a visão de reconstruir fragmentos. A percepção de que tudo está em tudo, porque somos cada um, tão somente, donos da metade, de um terço, um quarto, um quinto...e, se desejamos coordenar nossas forças associativas da reminescência dos saberes e  das essencialidades da “vida activa”, precisamos de uma esfera transparente e uma confluência de círculos para um fluir e um fruir de uma dinâmica e inteligência conectiva abertas à sucessivas e constantes modificações das propostas e métodos vigentes, numa educação em movimento e exponencialmente disposta a uma nova forma pedagógica e comunicativa do habitar, na compreensão do arcabouço imenso e intenso de lugares, espaços, pontos de aprender e ensinar

Seja o primeiro a comentar

Postar um comentário

NCC São Miguel no Ar

Galpão de Cultura e Cidadania
Rua Serra da Juruoca, nº112
Jardim Lapenna - São Miguel Paulista
São Paulo - SP
Telefone: (11) 2956 0091
E-mail NCC: projetosmnoar@gmail.com

Fundação Tide Setubal

Rua Jerônimo da Veiga, 164 - 13° andar CEP 04536-000 Itaim Bibi - São Paulo - SP Telefax: (11) 3168 3655
E-mail: fundacao@ftas.org.br

CDC Tide Setubal

Rua Mário Dallari, 170
Jd. São Vicente - São Miguel Paulista
São Paulo - SP
CEP 08021-580 Telefone: (11) 2297 5969

  ©Template Blogger Green by Dicas Blogger.

TOPO