sábado, 18 de maio de 2013
Letramento
revelador de uma comunidade educadora
Forma educadora singularizada, porém não
particularizada,
ou seja,
ela é orgânica com a cidade, ela é singular
mas não é uma fatia, ela é voltada ao todo
para a composição da cidade
Celia Carvalho – educadora da Rede Pública Municipal
Existe entre nós um logos pedagógico a estabelecer
um jogo aberto, nunca centrado e nem
fechado, no qual a vida concreta, com seu espaço tempo, sempre plural e complexa, mais um tecido
dialógico híbrido entre diversos discursos e ações heterogêneos, num impulso no
sentido da justiça e da verdade provoca a suscetibilidade de compartilhamento
do conhecimento voltado a melhoria do humano.
A vida concreta dever ser transformada, o método
deve constantemente ser inventado e reinventado, sendo que o jogo de educar
desconstrói qualquer pretensão de ditame e receita metodológica. E, nesses tempos de transformação constante,
inovar é questão sobrevivência, diante das necessidades das novas configurações
de lugares de aprender e ensinar, nova relação com o tempo e o espaço, novas profissões, novos modelos de família e de autoridade, além da necessidade de compreender a cidade como
forma sensível de civilização relacionada as contemporâneas formas
comunicativas do habitar.
Ah, sim, a poesia, a poética dos espaços integrada
a uma história de pensar e contribuir para a realização de uma comunidade
educadora, também orientada para a função comunicativa e didática da linguagem se faz presente e orgânica nos territórios.
A importância da literatura nesse processo é
fundamental e o letramento que se revela tem papel preponderante, pois as fusões
entre a literatura e as formas estéticas e movimentos animados da contemporaneidade
na educação, quando transmutados poeticamente em relações em que o adjetivo
pedagógico integra a literatura num constante reciprocar a partir dos resignificados da vida comunitária,
manifestam o simbólico e a culturalidade, como quando manfiestados em relação a uma obra de arte ou da
ocupação de um espaço, estimulando descobertas,
antes mesmo da revelação de conceitos, fazendo sentido educativo - transformador, tornando-se também objeto de estudos para o devido aprofundamento e voltada ao todo, por exemplo, de uma cidade.
Sendo a literatura, reveladora de símbolos, sinais
e símbolos, numa semiose a entrelaçar sentidos de estar, aprender e ensinar
juntos, e sua necessidade de não ficar recolhida a si mesmo, apesar da liberdade
de não ter a finalidade de ser mimética, liberta da subordinação ao valor
moral, com o advento das tecnologias ao processo pedagógico, fonte de aprendizagem
e de experimentação, possibilita um letramento na cidade que possa revelar a riqueza dos saberes de seus citadinos..
Assim instaura – se um reencontro sem dogmas, a
provocar desencadeamentos de significados e resignificados a serem livremente
configurados, reconfigurados e manifestados por meio das expressões e
descobertas de quem aprende, ensina e percebe a potência de uma educação que
permita estar aberto ao lúdico, à cultura da tentativa e do erro, da troca e do
fazer juntos.
Essa sensação ainda indescritível, pois estamos no
plano da percepção para concepção, é similar ao de um autor de um texto que não
é outra coisa do que uma função do próprio texto.
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