domingo, 1 de dezembro de 2013
A EDUCAÇÃO, A CIRANDA E OS TEARES
LÚDICO – TECNOLÓGICOS DO LETRAMENTO
A ciranda
é linda,
as mãos
dadas,
entreolhares,
os
olhares,
os passos
em tantos
movimentos que nos levam a entrelugares,
onde uma
parte, uma mão à outra é constitutiva do todo,
e o todo
é constitutivo das partes, numa espécie de prosimetron
mistura,
como essa nesse espaço, de verso e prosa, prosas e versos.
Seria
como na intenção poética
em que no
máximo falamos
uma
língua bífede,
polícrona
porém
presente e mais verdadeira
é a
atuante língua materna,
e temos
uma certeza:
de que só
nela
se pode
dizer
a verdade.
É na percepção
da vanidade das palavras
que se atinge
o coração, centro do coração,
numa produção
de sentidos e significados e só,
somente na
língua materna, dizemos a verdade.
Assim como
a língua é a ciranda,
falamos e
cirandamos e ambas
não são
totalmente únicas,
mas
sempre expressas
na série
infinita das
metalinguagens.
Os nossos
caminhos educativos que objetivam o letramento
tem sua
verdade expressa na arcana roda – ciranda da convivência,
e o
lúdico também é projetado nos ritos de produção de significados
que a
contemporaneidade possibilita arte – digital e comunicacionalmente.
E, antes
do cognoscível, da palavra totalmente articulada em gramática,
o
infante, no momento em que não existem palavras com significação,
como um
ser sem palavras antes da língua, navega nas mediações
que se
relacionam ao movimento da ciranda da descoberta.
Tramas e
teares lúdico – conectivos aproximam-se
dos lácteos
momentos de sentidos na órbita educacional,
e tão
importante quanto a ciranda “uma mão à outra”
são também
uma espécie de estímulos e mediações
combinando
cheiro, imagens, telas, sonoridades...
Percebemos
ao ler Edgar Morin que para esse momento da infância
não perder
a ternura que imaginamos existir na ciranda,
a
mediação entre o infante e o navegar “salta - telas"
tem que ser hologramática, recursiva e dialógica.
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