quarta-feira, 27 de abril de 2011



Quem disse que cometas passam?


Uma homenagem aos integrantes do NCC, bem como os demais membros do Galpão de Cultura e Cidadania e da Fundação Tide Setubal.





Cometas aqui não fazem alusão somente ao cometa pessoa, mas sim as diversas, que, de alguma forma, cooperam para a que a comunicação aconteça sem as barreiras do preconceito.


Cleber Alves Araújo
Estudante de Letras da UNIFESP
Morador do Jardim Lapenna



Não posso dizer a mesma coisa dessa opinião comum. Cometas caem em algum lugar e ali permanecem. Mas as missões dos cometas não se concretizam no ato de cair sobre algum lugar. Nesse ato que cair é que se inicia o cumprimento delas.



Esses dias alguns cometas desses caíram sobre o nosso pequeno bairro. De sorte, foi uma epifania silenciosa, sem alardes. Esses fenômenos trouxeram consigo uma energia infindável, onde todos que puderam presenciá-los se encantavam de alguma forma. O encanto era o envolvimento na própria canção que emanava de suas evocações. Aqui no nosso bairro ninguém mais se sentiu pequeno. Uma força misteriosa movia-nos para comunicação com os demais moradores. Ali, frente a esse acontecimento, todos os moradores do pequeno bairro.



Não sei, mas nunca presenciei coisas assim desse tipo. Um fenômeno causar tantas mudanças. Pessoas que não saiam de suas casas, não se comunicavam; agora falam de diversos assuntos, escrevem sobre polêmicas, contam histórias de vida, falam sobre recursos naturais e os assuntos não se esgotam. Tal foi à violência impactante do fenômeno.



Hoje aqui no bairro a comunicação entre os membros da comunidade não é mais a mesma. Temos um espaço configurado para realizações de debates, oficinas de leitura, contação de histórias e as mais diversas coisas que nos humanizam. Enfim, é um espaço sagrado que congrega as mais diversas opiniões; os diferentes credos e mesmo assim ninguém se sente pequeno ou constrangido. Todos somos grandes comunicadores em potencial”.

1 Comentário:

Anônimo disse...

Que legal! As singularidades e os saberes se compõem e o desejo de construirmos um mundo melhor se realiza na medida em que reconhecemos o potencial transformador de cada um e do coletivo, que pensa e age em conjunto, em uma vivência humana de alteriadades.

Katia Ramalho

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