quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Coro: Dilemas da educação

Foi numa roda de conversa, dentre tantas outras de aprender, ensinar, pensar, refletir sobre a cidade e a escola, numa ciranda de sentidos e afetos com adolescentes e educadores que emergiram questões com intenções de esclarecer e perceber os dilemas da educação.
Certo de que foram feitas provocações e ideias lançadas simbólica e poeticamente, pois já a algum tempo uma sensação invadiu nossas ações educativas a confirmar a necessidade do mundo ter mais poesia, na clarividência da religação dos saberes e, nesse processo, a poesia tem papel preponderante, mais a nossa sensibilidade, quando nos ritos de aprender e ensinar, transmutamos poeticamente as intervenções, sendo que os intervenientes não são só os humanos, mas o habitar com seus múltiplos aspectos até onde nossa visão e ressignificações extra – perceptivas conseguem viver e re – viver.
Assim, nesses dias de pensar junto, nessas idas e vindas, manhãs – tardes – noites de se relacionar para aprender, num desses infinitos lugares de contar e criar histórias surgiu a seguinte manifestação eco – literária nascida de uma roda que nos devolve um pouco, pouco a pouco, uma pequena dose, assim queremos crer, de reencantamento do mundo, a partir da importância da escola na vida de todos. 
Os jovens
“Levar a escola para a rua
ou levar a rua até a criança e a escola?”

Os educadores:
“Tirar a criança da rua
Ou colocar a criança com a escola na rua?”

Os jovens:
“Fazer a arte na escola e levar para a rua
ou fazer a arte na rua e levar para a escola?” 

Os educadores:
“Integrar a rua à escola
ou conectar a escola à rua?”

Os jovens:
“Trazer a saúde para escola
ou levar a escola à saúde?”  
 
Os educadores:
“Trazer a comunidade para escola
Ou levar a escola até a comunidade?”
 
Os educadores:
“Levar o currículo para praça
ou inserir a praça no currículo?”

Todos::
“Permitir a ONG na escola
ou linkar o informal com o formal?”

Educadores:
“Estudar o território na escola
ou ressignficar a escola no território?”

Jovens
“Aprender matemática para prova
ou para as exigências da vida?”

Todos
“Escrever e ler para escola
ou amplificar e irradiar os signos para fora da escola”

Educadores
“Fazer a prova para avaliar o ensino
ou ensino é mais que uma prova?”

Jovens e educadores:
“Estudar o direito à escola e lutar pelo direito à escola e à cidade.”
 
Jovens:
“Preparar o jovem para atender o mercado
ou estimular uma nova forma de trabalhar e viver junto?”

Educadores:
“Criar condições e fidelizar o educador numa escola
ou incentivar as múltiplas jornadas?”

Jovens:
“Aumentar a segurança na escola
ou os espaços arte – educativos e de convivência?”

Educadores:
“Priorizar no orçamento na educação
ou reeducar os legisladores e governantes?”

Todos:

“Construir um plano coletivamente ou impor um modelo pensado em Gabinetes para dar conta em 04 anos?”

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