sexta-feira, 11 de outubro de 2013
No dia a
dia na rede bio - afetiva dessa cidade
conseguimos
o registro no imaginário
“a cidade é a tentativa mais
consistente do homem e a
mais bem sucedida como um todo para
refazer
o mundo em que vive o mais próximo
de seu
desejo íntimo. Mas, se a cidade é o
mundo que
o homem criou, é o mundo no qual
ele está
doravante condenado a viver. Assim
,
indiretamente, e sem qualquer
clareza da
natureza de sua tarefa, fazendo a
cidade o
homem refez a si mesmo. “
Robert Park
Não havia mais
como não ver as flores do Ipê do Jardim da Luz que pintaram a calçada, um
pedaço de chão dessa cidade, em meio à chuva prateada a tonalizar com brilho e
contraste essa rua que, se por ventura, fosse minha, pediria às demais árvores
floridas da primavera para ladrilhar com florescência num caminho bem bonito
para que os nossos amores e as ações voltadas ao bem viver no organismo da
cidade pudessem brilhar aos olhos de todos.
Assim como as
flores que se tornaram visíveis aos olhos dos transeuntes dessa metrópole
molhada pela chuva de primavera, o registro de nosso labor citadino no sentido
de sentir, estudar e ressignificar a vida e o lugar onde vivemos levemente
quero crer, foi captado pelos olhos de tão próximos entes e parceiros, que
apesar da evidência e percepção inerente ao coexistir, insistem ainda em não
ver, sentir e perceber que “o direito à
cidade vai além de um direito ao acesso àquilo que já existe: é um direito de
mudar a cidade mais de acordo com o nosso desejo íntimo. Ou seja, a liberdade
para nos fazermos e nos refazermos, assim como nossas cidades, é um dos mais
preciosos, ainda que dos mais negligenciados, dos nossos direitos humanos”.
(David Harvey)
Similar
as flores reveladas pela primavera, a arte e a comunicação são inerentes à
geração do simbólico, da resiliência, da culturalidade e da educação, esta
última quando potencializada exponencialmente como uma rede propicia
descobertas e produção de signos para a convivência e percepção de que a cidade
é uma forma sensível de civilização, contribuindo para a multiplicação de
pontos e espaços de ressignifação urbana individual e comunitária.
Talvez
o trabalho arte, educativo- comunicacional que fazemos parte em um ponto dessa
cidade e, consequentemente a relação com as pessoas que dele advém, não esteja
inserido nos anais e registros do conhecimento e do pensamento oficiais, mas
com certeza tem seu registro no imaginário de todos que compõem essa rede bio –
afetiva, política e educativa que objetiva colaborar para a transformação de
nossa casa, cidade, nossa oikós tão desprovida de visão para as novas flores da
vida, para o brotar e rebrotar constantes na revivescência de tudo que nasce
nas descobertas dessas crianças, e no acordar de nós adultos para projetar e
construir a cidade que existe em cada um de nós.
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