Teia de Proteção Social
A chama está acesa
Nasce mais uma criança nesse instante.
A princípio só uma criança.
Nasce e habita esse território,
esse pedaço de planeta.
Tornar-se-á em breve,
assim é nossa expectativa,
um sujeito de direitos,
porém ela depende das condições
materiais e culturais que produzimos todos os seus direitos.
Por exemplo: o direito à educação não pode ser isolado
das formas concretas que reproduzem os direitos humanos de sujeitos
concretos.
Isso muda radicalmente não só a função social da escola,
mas de todos os pontos e ações colaborativos de uma teia de proteção
social,
o que exige da Sociedade Civil e do Poder Público a necessidade
de uma conexão atitudinal integrada para dar conta da sobrevivência
e proteção dessa criança que nasceu nesse instante.
e de tantas outras crianças.
Essa teia ou Rede, se desejarmos assim chamar,
a qual podemos e devemos articular,
e que ninguém aqui, ali , acolá
pode dar conta sozinho,
tem que estar articulada
às políticas da infância e da juventude.
A partir daí ter certeza de que todos
temos um potencial agregador
e não podemos simplesmente, por exemplo, responder à essa criança
de que ela é faminta por que há a inequidade, a desigualdade,
o capitalismo internacional, o desemprego,
etc,
Devemos dar conta de um corpo com fome,
e de todas as consequências para o desenvolvimento biológico,
social, humano de uma criança ou jovem desnutrido, vulnerável...
Nem podemos querer resolver sozinho,
cada em em sua instituição,
órgão, coletivos, grupos,
sem perceber a potência
e a expertise do outro.
Nasce então a necessidade,
de somar a criança que nasce nesse instante,
com a criança que está dentro de nós,
mais as nossas competências
e disposição para uma inteligência conectiva,
um “proceder”, como dizem os adolescentes,
um” todo junto misturado”, organizado e dinâmico
de ações colaborativas e integradas
para nos surpreender com a nossa própria
disposição de pensar, agir e fazer junto
nesse e em tantos outros territórios que contam
com tantas iniciativas e atitudes
voltadas à proteção social,
mas que precisa soma-las, entrelaça-las
para compor a mandala da transformação social.
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