Desde quando a nova estação de São Miguel Paulista ficou pronta, nunca mais passei no Mutirão. Eis que na semana passada, num sonho, encontrei Dona Ana em sua quitanda, Severino, Silva e Jacobina a compor esse pretenso cordel:
sexta-feira, 6 de junho de 2014
Desde quando a nova estação de São Miguel Paulista ficou pronta, nunca mais passei no Mutirão. Eis que na semana passada, num sonho, encontrei Dona Ana em sua quitanda, Severino, Silva e Jacobina a compor esse pretenso cordel:
Serra da Juruoca, bandeirinha verde – amarela,
um barraco, palafita, uma porta sem janela.
Nas águas do Itaqueruna
pingam gotas de garoa,
dentro d’água uma comuna
se fosse mar seria gamboa.
Uma colher de pedreiro
nas mãos de José Benedito,
vai Brasil, sou brasileiro
aterrar o rio é mais um rito.
Rito urbano e profano
nas terras do estado senhorio,
tem anjo, santo, tem tirano
gaviões sem defesa civil.
Gavião avistou de cima
carne seca amanhecida,
com urubu criou um clima
palmo de terra invadida.
Agitada moça travadinha
num rompante de cestas básicas,
choveu mais forte na tardinha
águia – dourada - cenas trágicas.
O Zoreia, o Risadinha,
o Caqui e o Zé das Asas,
Divino, Sirlene e Aninha
contam ruas, contam casas.
Mão pra cabeça
e não são os “home”,
tem especulador da miséria,
se ficar o bicho come,
se não pagar relaxa e tome!
Vou procurar os “meu direito”
apartamento ou bolsa aluguel,
conversar com o tal prefeito,
tô no esquema de São Miguel.
Esquema com um tal político,
os “anterior” ficou devendo,
o estado aqui está crítico
tens uns cabra se metendo.
Parece ser gente boa e de “responsa”,
sempre assim quando se apresenta,
cuidado com o abocanhar da onça,
diante do angu às vezes se arrebenta.
Vai ver que é como o futebol
tal de ganha, perde, empata,
quem nasceu pra todos é o sol
mas que sombra mais ingrata.
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