segunda-feira, 18 de agosto de 2014
MAIS
EDUCAÇÃO
A
permanência no mundo de forma consciente
significa
saber intervir e não apenas constatar
Interações
para um bem viver na escola,
política
de procedimentos intersetorias
para
proteção social, intervenções
sociais
do ciclo autoral
O cerne
da participação nas ações para bem viver e suas interações na escola, no
território, na comunidade e no mundo passa pela compreensão de aprender de
forma compartilhada. Isso supera a ideia de que participação é a soma de
participações individuais.
Atuantes e ativos nesse ano de
2014, com um trabalho de mais 05 anos em escolas públicas nós, da Fundação Tide
Setubal, nos itinerários formativos com educadores e educandos e, atualmente,
também com professores orientadores de informática educativa, no denominado
Ciclo Autoral, que abrange o 7º ao 9º ano do Fundamental que demanda
dentre outras ações a orientação de projetos com potencial de intervenção
social desde o ciclo interdisciplinar, percebemos a importância de uma
significativa mudança de paradigmas em relação a projetos curriculares, que
passam a ter como pressupostos a responsabilidade na e pela sociedade /
localidade, com estímulos para que o educando possa intervir nos espectros
familiar e escolar, no sentido de alimentar e gerar potências para tornar as
condições sociais mais justas.
A
porosidade da escola em relação ao território permite, no âmbito do
desenvolvimento humano, a proposta pedagógica do Ciclo Autoral, ciclo
fundamental II, na qual a solidariedade e a pluralidade ecológica é alimentada
pelo exercício da responsabilidade e do co – ativismo autoral em processos de
olhar, pensar, pesquisar e geoprocessar o território, numa dinâmica de
geografia humana, apropriação e manejo do conhecimento cultural, amplificando a
consideração de uma transformação social também para o ensino médio.
Envolver
a leitura, análise crítica e produção, além de trabalhar educativamente a busca
de resoluções de problemas, educandos, ao se apropriarem de diferentes
linguagens (corporal, científica, gráfica, lógica matemática e lógica verbal), estruturam
e elaboram Trabalhos Coletivos Autorais idealizados como forma devolutiva à
problematização da comunidade local.
Para que
essa porosidade escola - território seja profícua é necessária a concomitância
de provocações extra – perceptivas dos docentes e coordenadores para que haja
“interações para um bem viver na escola”, além de um engajamento, sobretudo dos
gestores no fortalecimento de redes, micro – redes e pontos de Proteção
Social.
Sim, o
corpo docente é importante, até em relação ao cuidar do corpo da criança –
adolescente – jovem e suas vulnerabilidades sociais, suscetível também aos
apelos e fetiches de alimentações comprometedoras e à sedução de se tornar
somente passageiro nessa vida, ser conduzido e não conduzir de fato, o que
exige trabalhar, integrar e orientar para que eles se sintam fortalecidos e
exerçam o papel de pilotos dessa rede. Ou seja, o corpo é que deve passar a
movimentar a rede e não somente a rede ser a condutora nessas vias de descobrir
o mundo.
Observamos
que nesses processos a transdisciplinaridade tem papel preponderante.
Segundo Morin “transdisciplinaridade significa mais do que disciplinas que
colaboram entre elas em um projeto com um conhecimento comum a elas, mas
significa também que há um modo de pensar organizador que pode atravessar as
disciplinas e que pode dar uma espécie de unidade, ela é profundamente
integradora e, para que haja transdisciplinaridade é necessário um pensamento
organizador. O que Edgard Morin chama de pensamento complexo, se não há um
pensamento complexo, não pode haver a transdisciplinaridade”.
Transdisciplinaridade
é algo bem mais integrador, poderíamos usar como exemplo a ecologia que se
utiliza de várias ciências (sociologia, biologia, geografia, botânica, etc.)
para constituir uma unidade complexa a ser estudada.
Com
certeza o passo para a transdiciplinaridade são as composições
interdisciplinares que combinam duas ou mais disciplinas. Isso se configura uma
pré – disposição política pedagógica em sintonia com o caráter idealizador dos
educadores e a criatividade dos educandos, fatores preponderantes para inovar e
potencializar a fusão entre o território, o currículo, a cultura, a arte e a
comunicação.
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