terça-feira, 23 de setembro de 2014
Estrofes Camonianas de uma reintegração
de
posse na Avenida São João
Estrofe 1 - A força pública e a reintegração
"As
tramas e os bordões assinalados que da ocidental cidade paulistana, por rios
nunca dantes tão desfigurados, passaram ainda, além da Rangel Pestana, perigos
e guerras num centro degradado."
Estrofe 2 - A mítica pública e a resistência
"Entre a Sé e Padre Péricles com Mãe Preta
e o rosário. O calvário e o martírio de humanos em guerra aberta para ficarem
onde estão diante da força e das armas do estado - rei.
Estrofe 3: Sampa Gaza, El Rey e um Alcaide
"São paredes erguidas no passado, num
perímetro urbano desgastado, povoado por milhares, antes habitantes alhures a
enfrentar gases e porretes das tropas de um El Rey santificado por sufrágios despauterados
e, um bom moço, quiçá um Alcaide das terras Piratininga, com as mãos atadas
pela insensibilidade judicial".
Estrofe 4: Arquitetura da inequidade
“As crianças em polvorosa, São João não pode
fazer nada. Coletivos ardem na febre – prole. Um cenário trágico nas escadas do
Teatro a interromper ruidosamente a arte de Ramos de Azevedo, o arquiteto de
outros tempos e as formas de uma praça com os versos do poeta que escreveu
sobre a diáspora dessa terra, e que agora em revisita mancha-se um vale inteiro
com as tropas e milícias na cidade Anhangá com exasperos e desesperos de toda
ordem.
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