segunda-feira, 10 de novembro de 2014



Nasceu uma flor na palmeira ráfia lá de casa. 
Surpreendidos, não sabíamos, eu e meu amor, 
que a palmeira ráfia também dá flor.

Aliás o nome dela é flor palmeira ráfia
e o que sabíamos, antes da flor, nasceu do amor. 
Daí, pesquisamos, aprendemos e agora a amamos mais. 
Soubemos que a Ráfia – flor palmeira é uma planta dióica, 
uma planta com flores femininas, outra flores masculinas, 
Mas não é a mesma planta?

Assim percebemos que saber 
é o que descobrimos, 
no nosso caso, por amor, 
mas há outros saberes 
revelados, muitas vezes, 
no brincar, num lume ludens
e  outros saberes luzem 
quando nasce a flor da descoberta
é esse o momento que a educação
Tem que atinar o sentido da flor

Caminhar no sentido de olhar para o território, compartilhar saberes e valorizar a potência cultural local em processos de construção de princípios de coletividade, no sentido de estimular a participação política e a articulação comunitária, tendo o letramento e o consequente numeramento advindos da composição urbana como elementos de transversalidade nas ações para desenvolver habilidades participativas, como também artísticas e comunicativas, pois habitar é comunicar.
A princípio a educação que sonhamos revela a concretude do mundo subjetivo em conexão com a realidade de cada lugar, sim, cada lugar, como o lugar que estivemos hoje, com sua arquitetura labiríntica de espaço público, entre rios, entre córregos, gente anfíbia a viver das sobras, a ocupar e construir, resistir e se preciso legitimar um atitudinal em jogos de influência, na tenacidade entre o ético e a sobrevivência.
Sonhamos e não desenvolvemos uma metametodologia para identificar cada criança, cada jovem como um potencial descobridor, educador, na certeza de que cada descoberta é um passo importante quando falamos de educação integral e integrada ao lugar onde se vive e aos metalugares imaginados.
Assim penso que pode ser construída uma comunidade de aprendizagem, uma comunidade humana organizada com perspectiva e potencial para elaborar coletivamente um projeto educativo, cultural próprio, já que é latente uma urbanidade em sentidos e sensações de resistência. Uma comunidade de aprendizagem que eduque a si própria, suas crianças, seus jovens e adultos, e que seja educada por todos esses atores e que projete seus bens imateriais e que tenha sua própria economia, sua própria moeda, sua própria riqueza a compartir com a cidade seus frutos e experiências.   
Isso requer uma energia endógena, solidária e cooperativa. Isso se faz a partir de um diagnóstico das forças e potências dessa comunidade para superar essas carências, numa resiliência revolucionária. Penso que uma verdadeira resiliência é aquela que altera processos, procedimentos e sistemacidades perversas da nossa sociedade.
E a escola nisso tudo precisa funcionar para contribuir com  o estabelecimento de políticas socioculturais, num movimento, para a legitimação de saberes advindos de diferentes matizes, reunindo atores e saberes sociais na construção de um projeto educativo cultural próprio em sintonia com o território, tanto em suas necessidades como em seus sonhos e, o que é daí produzido, aplicado no desenvolvimento de planos regionais de educação, um autêntico prenúncio de uma educação como desenvolvimento local.
Tem que haver disponibilidade para o diálogo, como diria Paulo Freire, reaproximar a escola e a vida, a escola e a cidade, o direito à cidade, um desafio desde outros tempos para tantos educadores.
Nas bordas de nossa cidade a proposição de um projeto de Educação Integral Integrada ao Território é a construção de uma escola viva, e essa escola também ocupe o espaço público com um projeto aberto à participação e à gestão compartilhada, a envolver as pessoas que manifestem interesse em colaborar, gente comum, gente que ainda demonstra suas vontades de fazer da localidade onde vive um território onde os princípios de coletividade e solidariedade estejam presentes nas relações humanas.

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