sábado, 7 de novembro de 2015



Parresía, politeia, isegoria, dunasteia.  
Análise comportamental e sociosemiótica
da justificativa da Reorganização da Rede Estadual de Educação

Parresía, Parresía
gritava dentro de nós.
Dizer a verdade,
levantávamos na assembleia do não esclarecido
pelo representante executivo de um poder questionado,  
sujeito suscetível e com o tempo contaminado
pelo discurso que o poder procura
quando fala sobre o louco,
sobre o prisioneiro,
sobre o delinquente
e estendendo – se
à apocalíptica explicação,
o sujeito e seu poder
não explica, é suscetível
a somente ser capaz de falar de si.
E nós não estamos na democracia grega. 
E nos dias de hoje o que significa dizer a verdade?,
se nada é verdade, tudo é permitido,  
e como vivem aqueles em que suas vidas,
suas rotas foram alteradas?

Parece que para o sujeito e seu poder
a única explicação e a verdade é a problematização,
sendo que a resposta de quem tem o poder de deliberar
sobre a educação é alimentar a constituição do mercado da vida,
mercado em que cada um adquire o que lhe convém. 
Desconfiamos que convém formar mão de obra barata juvenil
para atender as empresas em suas atividades com suas tecnologias?,
Será que há um movimento invisível, capital, novamente na América AfroLatina?
Politeia, a constituição garantindo igualdade
e a isegoria que é poder de falar publicamente
sobre os assuntos de viver no estado,
esse estado de coisas em que a dunasteia
nos  impulsiona a querer saber qual a razão
dessa intromissão, ou até mesmo formulação,
sem discutirmos nas ágoras de nossas comunidades,
com nossos jovens, educadores, cidadãos essa intenção invasiva.
Falamos de vidas, caminhos, trajetórias, sentidos, sentimentos...

E um movimento dissimulado da morte do discurso verdadeiro
e a reprodução de estratagemas a redefinir o campo da ação possível,
num desrespeito a desconsiderar sentimentos de pertença,
interrompendo construção de mobilizações para pensar
e agir para um outra forma de viver coletivamente,
o que implica reconsiderar, por um consenso democrático,
as forças que neutralizam o dizer - a – verdade
e jogam aos leões da desigualdade jovens, famílias
em enunciados pouco questionados por quem detém
a edição da semiose contemporânea na condução das almas
facilmente levadas para a irrupção de deixar tudo como está
e nivelar quaisquer tipos de ação, num risco de deixar de participar,
antes mesmo de questionar o que é deliberado,
nesse caso sobre a rede pública estadual.

Parresía, Parresía, Parresía,
em grego significa dizer - a - verdade,
nos diz Maurizio Lazzarato,
sociólogo e filósofo italiano,   
“está ligada muito mais que a um estatuto,
a urna dinâmica  e a um combate, a um conflito.
A estrutura dinâmica e agonística do dizer - a – verdade (parresia)
é todo um campo de problemas políticos distintos
dos problemas da constituição e da lei.
Sendo assim responder por meio de problematizações
tornou-se uma constante nos  discursos dos personagens políticos
para explicar as inconveniências,
Injustiças e o que é injustificável.

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